Menos criminalidade geral, mais crimes graves

25 de março de 2025

A criminalidade geral registou uma descida em Portugal. De acordo com os dados provisórios do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativos a 2024, houve menos 17 mil queixas do que em 2023.

Trata-se de um indicador positivo que contrasta com um dado negativo: os dados revelam um aumento da criminalidade grave e violenta, incluindo a juvenil. Houve duas mil ocorrências de crimes praticados por jovens entre os 12 e os 16 anos e sete mil participações de crimes praticados em grupo - episódios como os tumultos que duraram uma semana na Grande Lisboa, depois da morte de Odair Moniz.

Para além disso, registaram-se 543 violações no ano passado, a esmagadora maioria de mulheres - é o número mais elevado da última década. Contas feitas, representa um aumento de 10% em relação a 2023.

2024 regista também uma subida nas ocorrências criminais registadas em escolas ou junto aos estabelecimentos de ensino. Mas, por outro lado, crimes graves como a resistência e coação sobre funcionário e ofensa à integridade física grave diminuíram.

Por Joana Luis 1 de abril de 2025
Pedro Clemente foi nomeado, no início de março, presidente da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR). No despacho da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, lê-se que "o Prof. Doutor Pedro José Lopes Clemente evidencia o perfil adequado e demonstrativo da aptidão necessária para o desempenho do cargo em que é investido e para se alcançar os objetivos pretendidos para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, demonstrada pelo respetivo currículo". Pedro Clemente, que foi inspetor nacional da PSP entre 2018 e 2023, é designado em regime de substituição após a exoneração, a pedido, de Rui Ribeiro a 9 de fevereiro. Com 65 anos, o novo presidente da ANSR é superintendente-chefe da PSP e docente universitário, na categoria de professor auxiliar convidado, na Universidade Lusíada em Lisboa. Licenciado em Ciências Policiais, pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, tem Mestrado em Estratégia, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa e doutoramento em Ciência Política também pelo ISCSP. Ingressou na PSP em 1983 como agente provisório e tornou-se superintendente-chefe em 2015.Foi diretor do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, Encarregado de proteção de dados na PSP e Inspetor nacional da PSP. Vastamente publicado, a sua produção científica tem ênfase nas Ciências Políticas, Ciências Policiais, Administração Pública Policial, Criminologia e Ética.
Por Joana Luis 1 de abril de 2025
O ministro da Economia defendeu ontem que o nosso país tem uma “oportunidade de ouro” na indústria da Defesa. "Um segmento da economia, vale acima de tudo pela dimensão da procura potencial. E é difícil encontrar outro setor em que essa procura esteja tão assegurada, num longo prazo, com esta materialidade, com esta definição”, disse Pedro Reis, que participou na conferência “Land Defense Industry Day”, organizada pelo Exército. Para o governante, Portugal tem capacidade de afirmação no setor, “diferenciar-se, atrair investimentos externos, atrair talento e desenvolver talento" e, desta forma, "aumentar o valor de sua economia em termos nacionais". Nos trabalhos, que decorreram no Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, o ministro da Economia advogou que os investimentos na Defesa devem ser independentes de pressões políticas conjunturais. "É um tema que tem capacidade para atravessar ciclos, legislaturas e, se quisermos, ideologias. Temos agora aqui identificada uma estratégia. Portugal pode ser um caso especial nesta matéria. Deixamos essa recomendação a quem ficar com essa responsabilidade após as eleições". Pedro Reis anunciou ainda que a prioridade é, neste momento e em cooperação com o Ministério da Defesa, "lançar um roadmap claro, aberto, com um portal de informação permanentemente atualizado" para as empresas interessadas em investir neste setor, assumindo também a importância de uma "maior agilidade e flexibilidade nas regras de contratualização pública".
Por Joana Luis 1 de abril de 2025
António Nunes manifestou a 29 de março, em Vila Viçosa, a sua disponibilidade para recandidatar-se a presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, acompanhado dos vice-presidentes e dos presidentes do Conselho Fiscal e da Mesa do Congresso. A intenção foi manifestada pelo atual Presidente da Liga durante a reunião do Conselho Nacional. Em outubro, aquele organismo reúne-se em congresso para eleger os órgãos sociais para o próximo quadriénio. Entretanto, e na mesma ocasião em que mostrou disponibilidade para a recandidatura, António Nunes anunciou que a Liga dos Bombeiros Portugueses vai avançar com uma iniciativa legislativa popular, com o objetivo de obrigar a Assembleia da República a discutir a situação estrutural dos bombeiros em Portugal. A proposta incidirá sobre matérias consideradas fundamentais, nomeadamente as carreiras e o estatuto remuneratório, o subfinanciamento crónico das associações humanitárias e o estatuto social do bombeiro. Segundo o dirigente, esta ação visa ultrapassar a falta de respostas políticas concretas: «Vamos começar a trabalhar nessa iniciativa legislativa que tem caráter obrigatório de ser discutida em plenário na Assembleia da República», afirmou, frisando que a Liga está determinada a exigir o cumprimento das promessas feitas.
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