30€

Pedro Miguel Folgado

Sinopse

O livro é o resultado direto de um trabalho de investigação desenvolvido no percurso do Doutoramento em Ciências Sociais, na especialidade de Estudos Estratégicos, prosseguido no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. A  investigação teve como propósito contribuir para o campo dos Estudos Estratégicos, propondo um sistema nacional de informações económicas que permita apoiar a defesa e a projeção dos interesses económicos nacionais. Para este efeito, tomou-se como principal referência teórica a abordagem sistémica focalizada na dimensão dos fluxos de informação e, em termos metodológicos, apoia-se na análise de políticas públicas, especificamente no domínio da “policy learning.” O estudo tem por base uma abordagem interdisciplinar, recorrendo a várias disciplinas, com particular destaque para a Ciência Política, a Estratégia, a Geoeconomia, os estudos de Segurança e as Informações Estratégicas. Aborda-se o enquadramento da Segurança Económica enquanto dimensão relevante da Segurança Nacional, bem como os princípios da guerra económica, tendo subjacente a crescente importância da dimensão económica nos conflitos modernos. Faz-se ainda referência à dimensão conceptual das Informações e o seu enquadramento no processo de tomada de decisão. O texto argumenta que a estruturação de um sistema nacional de informações económicas deve conceder ao Estado português um papel central em termos de coordenação e que os serviços de informações deverão não só contribuir com a produção de informações de âmbito económico como também apoiar tecnicamente o funcionamento do próprio sistema. Em termos orgânicos, este livro defende que existe vantagem na localização da componente diretiva do sistema o mais próxima possível do nível superior da decisão política, subordinando a lógica de funcionamento geral a um princípio de coordenação centralizada e operacionalização desconcentrada, abrangente e flexível. Argumenta-se igualmente sobre a pertinência e necessidade de um estreito relacionamento com o setor empresarial e os agentes económicos, assim como com a academia e demais centros de investigação e de produção de conhecimento. Para a estruturação do sistema nacional de informações económicas é adotado como principal referência e modelo inspirador, o sistema francês e, complementarmente os sistemas de informações económicas da Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, Japão e Reino Unido. Procedeu-se então a uma adaptação do modelo francês ao contexto nacional, conjugado com a sintetização das características mais marcantes dos restantes modelos.